mo f Como fazer Avaliação Diagnóstica
Início do ano, turma
nova, Escola nova, enfim, como começar o trabalho com os alunos?
Nem pense em iniciar
o trabalho pedagógico partindo da premissa do que você ACHA que os alunos já
sabem. É preciso investigar, avaliar, levantar o que de fato a turma já sabe e
o que ainda ela não sabe.
O instrumento para
fazer isso é realizar a Avaliação Diagnóstica, que tem o objetivo de verificar
a presença e a ausência dos pré-requisitos de aprendizagem adquiridos, ou não,
na série anterior.
Não há um modelo de
Avaliação Diagnóstica, cada Professor, conforme sua disciplina e os
pré-requisitos que precisam ser trazidos da série anterior, é quem elabora
atividades que levantem o que o aluno sabe e o que ele ainda não aprendeu.
1) Quando e porquê
realizar a Avaliação diagnóstica:
. Realizada no início do curso, período letivo ou unidade de ensino
. Tem a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não domínio dos pré-requisitos necessários (conhecimentos e habilidades) para novas aprendizagens, caracterização de eventuais problemas de aprendizagem e suas possíveis causas (cognitivo)
. Função: diagnosticar
. Serve para identificar alunos apáticos, distraídos, desmotivados (comportamentos)
. Realizada no início do curso, período letivo ou unidade de ensino
. Tem a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não domínio dos pré-requisitos necessários (conhecimentos e habilidades) para novas aprendizagens, caracterização de eventuais problemas de aprendizagem e suas possíveis causas (cognitivo)
. Função: diagnosticar
. Serve para identificar alunos apáticos, distraídos, desmotivados (comportamentos)
De posse dos
resultados da avaliação diagnóstica será possível o Professor ajudar os alunos
das seguintes formas:
.
Estimular o relacionamento entre os alunos, através de jogos e atividades
dinâmicas
. Criar intervenções pedagógicas específicas que auxiliem o aluno a superar dificuldades
. Criar Rotinas que reforcem o comportamento positivo dos alunos
. Realizar mudanças no ambiente da sala de aula que favoreça o aprendizado
. Adotar novas práticas de ensino que estimulem a participação da turma
. Criar intervenções pedagógicas específicas que auxiliem o aluno a superar dificuldades
. Criar Rotinas que reforcem o comportamento positivo dos alunos
. Realizar mudanças no ambiente da sala de aula que favoreça o aprendizado
. Adotar novas práticas de ensino que estimulem a participação da turma
2) O QUE AVALIAR:
Levantar Pré-Requisitos da série anterior
Muitos Professores
sempre mandam email pedindo modelos prontos de avaliação diagnóstica. Creio que
isso deve-se ao fato de que, para o Professor, não há a clareza do que ele deve
levantar neste tipo de avaliação.
Quando você conhece o
que deve diagnosticar, basta você criar atividades pertinentes a sua
disciplina, e isso é algo que você já está acostumado a fazer quando elabora as
tarefas, as provas, as dinâmicas, os textos, os vídeos, enfim, quando você
elabora a sua aula.
Você precisa ter
claro que deve verificar os objetivos e metas a serem atingidos na série atual,
e levantar quais são os pré-requisitos que o aluno já deve ter adquirido na
série anterior.
Por motivos óbvios,
não é possível fazer neste artigo, um detalhamento de todos os pré-requisitos
para todas as disciplinas e séries, porém a título de ilustração, tomarei como
exemplo um aluno que ingressa no 6º. Ano, e que o Professor de Matemática
precisa levantar se este aluno traz os pré-requisitos necessários para cursar o
6º. Ano e atingir os objetivos estabelecidos para esta série.
- Situação :
O Aluno está matriculado no 6º. Ano (verificar quais são os objetivos
desta série no que refere-se à Matemática).
- Levantar quais são os pré-requisitos que esse aluno deve ter , em Matemática, ao chegar no 6º. Ano
- Levantar quais são os pré-requisitos que esse aluno deve ter , em Matemática, ao chegar no 6º. Ano
- Exemplos de
pré-requisitos que o aluno já deve trazer do 5º. Ano em Matemática:
. Operações Fundamentais
- adição, subtração, multiplicação e divisão
- algoritmos das operações fundamentais
- utilização das operações fundamentais como ferramenta para a resolução de problematizações
- cálculo mental
. Operações Fundamentais
- adição, subtração, multiplicação e divisão
- algoritmos das operações fundamentais
- utilização das operações fundamentais como ferramenta para a resolução de problematizações
- cálculo mental
. Frações
- conceito e representações
- leitura e escrita
- comparação de frações
- frações discretas e contínuas
- cálculo de fração de quantidade
- frações equivalentes
- simplificação
- operações com frações
- resolução de problemas envolvendo frações
- conceito e representações
- leitura e escrita
- comparação de frações
- frações discretas e contínuas
- cálculo de fração de quantidade
- frações equivalentes
- simplificação
- operações com frações
- resolução de problemas envolvendo frações
. Porcentagem
e Gráficos:
- conceito de porcentagem a partir das frações decimais
- cálculo de porcentagem através de frações equivalentes
- resolução de problemas envolvendo cálculos de porcentagem
- desenvolvimento de procedimentos e estratégias para coleta de dados e informações em pesquisa de diversas naturezas
- construção de procedimentos de apresentação de dados coletados
- construção, leitura e interpretação de diferentes tipos de representações gráficas (barra, linha, setores)
- conceito de porcentagem a partir das frações decimais
- cálculo de porcentagem através de frações equivalentes
- resolução de problemas envolvendo cálculos de porcentagem
- desenvolvimento de procedimentos e estratégias para coleta de dados e informações em pesquisa de diversas naturezas
- construção de procedimentos de apresentação de dados coletados
- construção, leitura e interpretação de diferentes tipos de representações gráficas (barra, linha, setores)
. Geometria: Medidas,
Formas e Construções Geométricas
- conceitos: ponto, linha, superfície, vértice, aresta, ângulo
- linguagem geométrica
- polígonos
- triângulos e quadrilátero
- propriedades dos triângulos
- conceitos: escalas e simetria
- construções geométricas com o auxílio do compasso e do transferidor
- ampliação e redução de figuras
- sólidos geométricos
- conceitos: ponto, linha, superfície, vértice, aresta, ângulo
- linguagem geométrica
- polígonos
- triângulos e quadrilátero
- propriedades dos triângulos
- conceitos: escalas e simetria
- construções geométricas com o auxílio do compasso e do transferidor
- ampliação e redução de figuras
- sólidos geométricos
3) Como Avaliar:
Instrumentos de avaliação
Existem diversos
recursos e práticas de ensino disponíveis que podem ser utilizados no
momento da avaliação diagnóstica. Idealmente, selecione mais de um dos
instrumentos abaixo :
. Pré-teste;
. Auto-avaliação;
. Observação;
. Relatório;
. Prova;
. Questionário;
. Acompanhamento;
. Discussão em grupo;
. Estudos de caso (análise de estudos de casos com o objetivo de identificar como o aluno responde à avaliação);
. Fichas de avaliação de problemas (trabalhar com modelos de fichas de avaliação), etc.
. Pré-teste;
. Auto-avaliação;
. Observação;
. Relatório;
. Prova;
. Questionário;
. Acompanhamento;
. Discussão em grupo;
. Estudos de caso (análise de estudos de casos com o objetivo de identificar como o aluno responde à avaliação);
. Fichas de avaliação de problemas (trabalhar com modelos de fichas de avaliação), etc.
A utilização dos
instrumentos deve ser adequada ao contexto em que o professor se encontra. Por
exemplo, aulas com muitos alunos inviabilizam a avaliação por observação
ou acompanhamento, enquanto que disciplinas práticas possibilitam esses
instrumentos de avaliação.
Não se surpreenda se,
ao analisar os resultados levantados na Avaliação Diagnóstica você tenha de
fazer ajustes no Planejamento. Afinal, quando o Planejamento é criado, o aluno
ainda não foi avaliado, e portanto, o Planejamento é elaborado com base em um
aluno “ideal”, e portanto, é um Planejamento longe da realidade dos alunos,
pois o Professor o elabora baseado em suposições e não em dados reais.
O fato é que, quando
as aulas começam a situação mostra-se outra: alunos com defasagens de
aprendizado, com dificuldades em determinados conteúdos, e sem os
pré-requisitos necessários para cursar aquela série.
E antes que você
reclame que realizar a Avaliação Diagnóstica é uma “perda” de tempo porque você
tem que “dar conta” do Planejamento até o final do ano, já lhe aviso: o objetivo
maior que você deve cumprir é criar todas as condições para que todos os
alunos adquiram as competências necessárias de aprendizado e não apenas para
cumprir o Planejamento.
Por isso mãos à obra:
comece o planejamento pela Avaliação Diagnóstica. Já diz o ditado “ Se você
falha em não planejar, você com certeza, já planeja falhar”. Aguardo seus
comentários no blog.
(retirado do Blog SOS Professor)
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